domingo, 12 de dezembro de 2010

Hoje, domingo 12/12/2010, Coral Seios da Face na Livraria Cultura


Foto do Coral Seios da Face (UFC) no Foyer do Centenário Theatro José de Alencar, Fortaleza, 2009.



Coral Seios da Face

O Coral feminino Seios da Face é um Projeto de Extensão Universitária da Área da Saúde da Universidade Federal do Ceará, vinculado ao Departamento de Patologia e Medicina Legal, coordenado pela maestrina Alessandra Araújo e orientado pela Dra Yacy Mendonça, professora do curso de Medicina-UFC. Nos meses de outubro a dezembro de 2010, o Coral Seios da Face estará em cartaz com a 2ª temporada do espetáculo "Só sei que foi assim", um trabalho musical de coro cênico que apresenta canções multitemáticas do universo feminino; cantando uma retrospectiva de 14 anos de existência do grupo.

O grupo vem atuando desde outubro de 1997, participando com bastante desenvoltura em encontros de corais, calouradas, eventos e projetos musicais, conquistando cada vez mais o espaço merecido no cenário artístico cearense, dando mostras de maturidade e criteriosa escolha do repertório.

Um dos projetos do Coral Seios da Face em 2010 é o SÓ SEI QUE FOI ASSIM... que surgiu da vontade de tecer uma nova história, incluindo novas músicas selecionadas do repertório atual, além dos hits que fizeram parte dos espetáculos já montados pelo grupo: COR DE ROSA CHOQUE (1997), CABARET NOITE OCIDENTAL (1999), MADE IN BRASIL (2000), ESPIRAL DE SONS (2004) E JUNTAS NUM SÓ SER (2007).

Assim, “ALGUÉM CANTANDO” “DE VOLTA AO COMEÇO” é o Coral Seios da Face em SÓ SEI QUE FOI ASSIM... com o objetivo de mostrar o seu trabalho para um maior número de pessoas.



Ficha Técnica

Regência: Alessandra Araújo

Regente Assistente: Lenina Silva

Técnica Vocal: Alessandra Araújo e Tom Junior

Instrumentistas: Amanda Nunes e Marco Leonel Fukuda (violões)


Serviço -

Coral Seios da Face apresenta
"Só sei que foi assim"

Em Fortaleza/CE
24 e 31 de outubro de 2010 - 18h
Auditório Dragão do Mar (Domingo Musical)
R$2 / R$1

12 de novembro de 2010 - 20h
Sesc Iracema (Armazém do Som)
R$6 / R$3

No Cariri Cearense
4 de dezembro de 2010 - 20h
Sesc Adalberto Vamozi - Crato/CE
Entrada franca

Novamente em Fortaleza/CE
12 de dezembro de 2010 - 17h30
Livraria Cultura
Varanda Mall - esquina das Avenidas Dom Luiz e Senador Virgílio Távora - Aldeota
Entrada Franca

Pacto pela Cultura no Estado do Ceará





Fonte: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2010N4485

Abaixo-assinado PACTO PELA CULTURA NO ESTADO DO CEARÁ
Para:Ilmo. Governador reeleito, Cid Ferreira Gomes

"PACTO PELA CULTURA NO ESTADO DO CEARÁ

Ilmo. Governador reeleito, Cid Ferreira Gomes;

Nós, artistas do Ceará, integrantes das diversas linguagens artísticas e de suas entidades representativas, viemos, por meio deste documento público, convocá-lo para o diálogo cultural. Neste momento de transição de mandatos, capitaneados por seu governo, ensejam-se novas oportunidades de políticas públicas. O que, essencialmente, inclui a cultura.
Após uma série de encontros entre representantes das entidades artísticas, resultando em dois grandes Fóruns Gerais das Linguagens, os artistas do Ceará, em histórica mobilização, posicionam-se por um lugar central da cultura nas políticas de desenvolvimento social.
Está claro que uma visão progressista de governo não será completa sem considerar a atividade artístico-cultural como um bem público, um direito de todos e um agente de transformação social. Sabe-se hoje, em todo o mundo, que o progresso material, isoladamente, não assegura o bem estar coletivo, quando acossado pela violência, o preconceito, o individualismo, a insensibilidade, em suma, pela carência de novas idéias, práticas e percepções humanas. Indícios de um panorama futuro pouco animador.
Por outro lado, e o fato é também notório, nestes tempos de hiper informação e de ascensão do trabalho imaterial, fica a certeza de que a atividade cultural humana tende a contagiar todos os segmentos da vida social – do político ao econômico -, dando-lhes, enfim, uma dimensão mais afetiva e inteligente. Nem só de máquinas e pão vive o homem, afinal.
Cientes, portanto, desse caráter revolucionário da cultura, que não se pode limitar num “luxo” social, um supérfluo, sendo, ao contrário, um fator transformador, propomos, neste documento, uma mudança substancial na política cultural do novo governo - que, afinal, é de todos nós. Política esta que, a rigor, é social, transdisciplinar, de interesse geral. A afetar diferentes aspectos da realidade cearense.
Seguem abaixo as principais propostas da classe artística do Ceará para a política cultural do Estado, apoiadas, em abaixo-assinado por todo o espectro da sociedade.
Em conjunto a essas propostas, solicitamos seu debate em audiência pública com o Sr. Governador Cid Gomes, realizada em caráter de urgência, entre dezembro de 2010 e janeiro de 2011, período fundamental de implantação do seu novo governo.
Desejamos que Estado e sociedade civil organizada firmem um verdadeiro pacto pela cultura do Ceará, visando o seu mais amplo desenvolvimento!


Em defesa do comprometimento público com:

1- Uma política cultural transversal: criação de Núcleos Culturais nas secretarias de educação, turismo e segurança pública, que trabalhem de modo integrado com a secretaria de cultura.

2- A reestruturação da Secretaria de Cultura: ampliação de quadro de funcionários a partir de concurso público. Criação de departamentos de linguagens artísticas, a fim de atender suas demandas específicas, dirigidos por profissionais da área, eleitos em seus respectivos fóruns. Princípio aplicado à gestão dos equipamentos culturais do Estado: exigência de qualificação profissional e legitimidade artística para os seus gestores, sobretudo para o próximo secretário de cultura.

3- Uma política de difusão da atividade artística cearense: estratégias integradas de acesso da população aos bens culturais e divulgação da produção cultural do Ceará por todo o país, através de mostras, feiras, festivais, lançamentos, eventos em geral. Valorização da TV Ceará (TVC) e outros canais públicos de mídia como importante divulgador da cultura e da produção cultural cearense.

4- O apoio a mudanças na legislação cultural: aumentar a participação da cultura para 2% do orçamento do Estado. Duplicar o percentual de renúncia fiscal destinada ao Fundo Estadual de Cultura (FEC), não estabelecendo nenhum tipo de teto orçamentário para ele. Converter o Conselho Estadual de Cultura, hoje apenas consultivo, para o caráter deliberativo, autônomo à decisão sobre os investimentos do FEC, atendendo de modo equilibrado às diferentes linguagens artísticas.

Para além de reivindicações, propostas concretas e viáveis. Todas de interesse geral dos cearenses, e por isso apoiadas no abaixo-assinado que se segue, em defesa do Pacto pela Cultura no Estado Ceará:




Os signatários"

________________________________________________________________________________

Assine você também a petição online Pacto pela cultura no Estado do Ceará:
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2010N4485


Abaixo-assinado eletrônico à sociedade em geral a respeito do PACTO PELA CULTURA NO ESTADO DO CEARÁ.

É um documento histórico, resultado da mobilização da classe artística cearense, construído a partir de 2 Fóruns Gerais das Linguagens Artísticas do Ceará durante o ano do Centenário do Theatro José de Alencar, que contou com artistas e representantes das suas entidades mais diversas. É uma petição pública que faz um diagnóstico cultural e condensa propostas, sonhos, lutas, bandeiras dos realizadores culturais do Ceará. No texto, há a posição de um consenso da classe artística cearense a respeito das políticas culturais. Dirigido ao governador reeleito Cid Ferreira Gomes no momento de estruturação do seu secretariado para o segundo mandato, é uma oportunidade imperdível para a sociedade civil organizada se manifestar em prol de um verdadeiro desenvolvimento sócio-cultural.

A assinatura é urgente antes do dia 15 de dezembro, dia em que o documento impresso será protocolado junto ao Governo do Estado do Ceará.

Buscamos o mais amplo apoio ao documento, a fim de que ele seja discutido em audiência pública com o governador reeleito, Cid Gomes, a classe artística do Ceará e a sociedade civil.

Leiam o manifesto dos artistas cearenses, apoiem com suas assinaturas e divulguem!

VAMOS JUNTOS E FORTES EM FAVOR DE UMA GUINADA NA CULTURA DE NOSSO ESTADO!

LEIAM, ASSINEM E DIVULGUEM!!

DESCULPE TRANSTORNOS

Leitores, estamos dando nova roupa ao Cultura Ciliar, desculpe por qualquer inconveniente, esperamos que as mudanças sejam a seu agrado. Obrigado pela paciência e agurde as novidades do Cultura Cilar que está no momento em experimentação.

Demetrius Silva

sábado, 11 de dezembro de 2010

UM ANO DE CULTURA CILIAR

Onde você guarda a sua cultura? O seu entretenimento, sua diversão, sua reflexão, a sua poesia, seu cineminha na sexta-feira, seu ingresso para o circo, seu cd do Marco Fukuda e dos outros grandes da música que estão para vir a ser reconhecidos ou aqueles que já conhecemos até melhor que seu esposo/ou esposa?!
Nós guardamos todas as nossas vontades sejam elas vertiginosas ou guardadas na memória eternamente em nosso Blog e microblogs, claro que pessoalmente falamos a nossos amigos, mas este blog é controlado pelo queridíssimo Marco Leonel Fukuda que reside em Fortaleza e Demetrius Silva que reside em Crato nesse intercâmbio cultural e maravilhosamente tênue, divulgando nosso pensamentos e momentos de lazer e cultura no ciliar da sua zona de conforto.
O Cultura Ciliar faz 1 ano em janeiro, estará de cara nova, mais simples, mais confortável a seus olhos meu caro leitor, e tentaremos lógico, colocar sempre informações importantes sobre o que ta acontecendo no território cearense de arte e cultura bem pertinho de você, praticamente nos seus cílios.
Obrigado por vocês estarem conosco sempre, espero que nosso blog continue agradando por mais um ano. Em 2012 repito este texto, se os Maias não tiverem certos.

Demetrius Silva

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

1° Festival Cearense do Violão (FECEVI) no Conservatório Alberto Nepomuceno em Fortaleza/CE




1º FECEVI

Festival Cearense do Violão

Em homenagem ao professor José Mario de Araújo


De 22 a 25 de novembro de 2010

No Conservatório de Música Alberto Nepomuceno (CMAN)

Av. da Universidade, 2210 - Benfica - Fortaleza/CE

Programação artística

Segunda-feira, dia 22/11/2010

19:00 HS
Recitais violonísticos

·Paulo Góes
·Marco Leonel Fukuda
.Quarteto de Violões da Universidade Federal do Ceará (UFC)
- orientador Prof Marco Túlio Costa
·Quintessência - Conservatório de Música Alberto Nepomuceno(CMAN)
·Camerata de Violões do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE)
orientador: prof Lincoln Sousa

Terça-feira, 23/11/2010

16:00 HS

·Jovens Solistas - Conservatório de Música Alberto Nepomuceno

17:30 HS

·Palestra: Preservação da cultura violonística do Ceará
com o professor homenageado do 1° FECEVI José Mario de Araújo

Com convidados especiais: John Nascimento, Jefrey Cardonha, Gilberto Brito e Pedro Neto.


19:00HS
Recitais violonísticos

·Cláudio Mesquita
·Rogério Lima
·Marcos Maia
·Cainã Cavalcante
·Carlinhos Crisóstomo


Quarta-feira, 24/11/2010

9:30

·Música no Jardim com John Nascimento e Trio.


Quinta-feira, 25/11/2010

10:00 HS

.Opus Trio (Luciana Gifoni, Kerth Hanslike, David Calandrine)
·Choro Trio (Pablo Garcia, George 7 Cordas, David Calandrine)

Contato para entrevistas e informações adicionais:
David Calandrine (organização):
(85)9663-3885
davidcalandrine@hotmail.com

Conservatório de Música Alberto Nepomuceno (sede do 1° FECEVI):
(85) 3252-1837
www.cman.com.br

Marta Aurélia canta em Acústica e Movente, que estende temporada no Foyer do Theatro José de Alencar aos sábados de novembro às 20 horas










O ESPETÁCULO

A experiência de estréia do espetáculo Acústica e Movente logrou resultado positivo na relação com plateias receptivas ao repertório e performance do grupo nos sábados do mês de outubro e por isso recebeu convite do Theatro José de Alencar para continuar em cartaz nos sábados de novembro. O espetáculo é musical com uma ‘pegada’ teatral, condizente com Marta Aurélia, que é ao mesmo tempo é cantora e atriz e que, por isso mesmo, busca afinar cada vez mais a relação entre essas duas linguagens no seu trabalho artístico.



A idéia de realizar Acústica e Movente foi gestada por Marta Aurélia, paulatinamente, a partir dos encontros com Maurice Durozier ( ator da companhia francesa Thèâtre du Soleil e também músico e compositor ) e em conversas com os músicos Jorge Santa Rosa, Felipe Breier, Ivan Timbó, Erivan Sales e Rodrigo de Oliveira, com quem trabalha há mais de dois anos. Com Felipe Breier fez a experiência do Cabaret em agosto desse ano na Sala Nadir Papi Sabóia, do TJA, na companhia de Maurice Durozier e da cantora e atriz francesa Nathalie Jolie. Isso se deu por ocasião da vinda de Maurice para ministrar a oficina O Teatro é o Outro, para atores, e de Nathalie Jolie para apresentar o espetáculo musical JE NE SAIS QUOI. A afinidade artística de Marta com Durozier, que já dura mais de 20 anos, começou com teatro e incrementou-se, desde 2008, com música, sugerindo parcerias futuras.



Mais um passo significativo na direção de Acústica e Movente se deu com a viagem de Marta a Assunção, Paraguai, no final de setembro deste ano, para assistir o novo espetáculo do Hara Teatro Danza, sob a direção de Wal Mayans, que esteve em Fortaleza em junho deste ano participando do II Zona de Transição nas comemorações dos 100 anos do Theatro José de Alencar. Esse encontro em Assunção reafirmou a afinidade com a estética do grupo, cujo elenco conta com a presença de músicos profissionais e mescla música, dança e teatro nos seus espetáculos. Em conversa com a diretora do TJA, Izabel Gurgel, a idéia emergiu como realizável e então imediatamente foram feitos os contatos com o grupo de músicos locais para o início dos ensaios e produção.



Outra linha que vem costurando essa experiência parte do novelo teórico-acadêmico. Participando do LICCA – Laboratório de Investigação em Comunicação, Corpo e Arte, coordenado pelo Professor Wellington Jr., da UFC, Marta identifica em suas aspirações estéticas e em seu fazer artístico questões que são investigadas por autores estudados pelo grupo acadêmico. Uma questão que tem lhe assediado as idéias é se e o que se manifesta e como se manifesta a performance em seu fazer artístico? O título do espetáculo é, também, uma alusão aos estudos de Paul Zumthor sobre voz, instrumento principal de trabalho de Marta Aurélia, que, além de cantora e atriz, também é locutora.



Com a proposta de fazer-se no processo, Acústica e Movente transita no encontro entre música, teatro, poesia e performance, elementos que fazem parte de uma trajetória artística de mais de 20 anos de Marta Aurélia. Das várias áreas com as quais lida ( teatro, música, cinema, rádio etc ) e nas quais a voz é mediada por mesas de som e microfone, para este projeto, Marta escolhe o teatro para fazer acontecer sua performance vocal, sem mediação, a não ser a própria escuta da platéia.





A BANDA INTEIRA

Há quase dez anos a parceria com Erivan Sales ( ou Erivan Produtos do Morro, como ele prefere ser identificado atualmente ) tem gerado momentos musicais bem interessantes, como o diálogo do rap com a música dos índios Tremembé de Almofala. Rapper e produtor, Erivan montou um estúdio situado no Castelo Encantado, onde ele grava muitos rappers nacionais e de países africanos, além de artistas de muitos bairros de Fortaleza.


Há mais de dois anos trabalhando com Marta Aurélia, Jorge Santa Rosa é o diretor musical. Ele também integra outros grupos, como Syntagma, Cangapé, End of Science e Sinos do Tempo. Dependendo do projeto, Jorjão, como é chamado por todos, toca contrabaixo elétrico, acústico, violoncelo ou viola de gamba, o que demonstra a variedade de estilos com os quais trabalha, desde rock, passando pelo pop, pela música medieval, ritmos populares, MPB, lounge etc; no caso de Acústica e Movente, Jorjão concede as cordas do seu violoncelo.



Felipe Breier - que também é cantor e compositor e participa do BORA CEARÁ AUTORAL CRIATIVO -, é responsável pelo violão-base, além de contribuir com sua voz. Felipe tem participado de festivais de música pelo Brasil e tem feito parcerias com outros artistas, como Alan Mendonça.



Há menos de um ano Ivan Timbó integra o grupo com seus teclados, cavaquinho, guitarra, piano acústico e voz. Ivan, como todos, investe em seu trabalho solo e lançou recentemente o CD VOLTAS, com pegada nu jazz e lounge. Ele toca também com outros artistas e no Acústico e Movente ele troca seu piano elétrico pelo piano do Foyer do TJA, além de temperar os arranjos com cavaquinho, escaleta e voz.



Acústica e Movente conta com a participação de Marco Leonel Fukuda com seu violão a tiracolo. Ele vem se destacando no meio musical como autor e instrumentista. Lançou recentemente o CD "Nascente" (2010), o primeiro disco de sua carreira, uma produção independente de música instrumental para violão do catálogo do selo Radiadora Cultural. Sua composição CILIARES onquistou o segundo lugar no Primeiro Festival de Música da Rádio Universitária FM, na categoria Música Instrumental. Marco também é estudante de comunicação e, como Marta, participa do LICCA.



MOVENTES

Considerando que cada músico tem seu trabalho autoral, ocorre que eventualmente as agendas coincidem. O objetivo é que possíveis ausências gerem novas presenças. Ocorreu isso com a participação de Júnior Quintela, que substituiu Marco Leonel Fukuda num dos sábados de outubro; com Michel, que passou por Fortaleza antes de continuar seu giro de moto por alguns países da América do Sul, e trouxe a tiracolo seu acordeon. Também já participaram os rappers Mestre Cerebral ( Cabo Verde ) e Lil Black ( Guiné Bissau ), além de Lêni, do Castelo Encantado. Essa abertura à participação de outros músicos cria novas possibilidades sonoras na experimentação que vem sendo feita.



EQUIPE

Além dos músicos citados, a equipe se completa com: Iago ( músico iniciante que faz participação especial e filho da cantora ), Fernandes Jr. ( designer gráfico ), Fernanda Oliveira ( fotógrafa ), Cristiano Pires, Nasaré Oliveira ( make up ), Natasha Faria ( produção ), Márcia Anabel ( bilheteria ).



REALIZAÇÃO

Produção Marta Aurélia e Theatro José de Alencar



APOIO

Rádio Universitária FM, LICCA - Laboratório de Investigação em Corpo, Comunicação e Arte da UFC ( Wellington Jr., Marília, Artur ), Gavulino Produções ( Ives Albuquerque ) Rui Ferreira, Wilton Matos, Nasaré Oliveira, Izabel Gurgel, Natasha Faria, Cristiano Pires, Fernanda Oliveira, Márcia Anabel, Fernandes Jr., Zilma e Iago.



SERVIÇO

Temporada estendida de "Acústica e Movente"

Espetáculo cênico-musical de Marta Aurélia

Com Jorge Santa Rosa, Felipe Breier, Ivan Timbó, Marco Leonel Fukuda e Erivan Produtos do Morro
Sábados de novembro de 2010

Foyer do Theatro José de Alencar

20 horas

R$ 5,00 e R$ 10,00

Informações: 3101 2567 – 3101 2583

Fonte: Marta Aurélia - cantora, compositora, atriz, jornalista e radialista.
www.myspace.com/martaaurelia

Fotos: Fernanda Oliveira

Cinco em Ponto apresenta "Retalhos" no Dragão do Mar




“A renda dos sons na trama das cores costura a melodia
tecendo ponto a ponto com a linha das vozes o canto da vida!"

No próximo domingo, 14 de novembro de 2010, às 18h, no Auditório do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, o quinteto vocal feminino Cinco em Ponto apresentará o show "Retalhos" como parte da programação de projetos contemplados no edital Domingo Musical 2010. O grupo é formado pelas cantoras Adelane Delmondes, Alba Montenegro, Annalies Barbosa, Celi Teixeira e Simone Sousa. No repertório, peças da música popular brasileira, com espaço privilegiado para o cancioneiro cearense, divulgando a produção local de várias gerações de compositores da terra.

O grupo vocal Cinco em Ponto lançou o seu primeiro disco "Seara" em 2005 com homenagens a compositores cearenses como Pingo de Fortaleza, Abidoral Jamacaru, Alan Mendonça, Fernando Rosa, Isaac Cândido, Mário Mesquita, Lenine Rodrigues, Tarcísio Lima, entre outros. Cinco em Ponto também participou da coletânea "Bora!" do Movimento Ceará Autoral Criativo, CD lançado em setembro de 2010 no Passeio Público de Fortaleza, com a canção "Breu de Mim" (Jácio Cidade/Marcus Rocha).


Serviço
Auditório do Dragão do Mar
Dia 14 de novembro
Horário: 18h
Ingressos: R$ 2,00 / R$1,00
Contato para entrevistas e informações adicionais:
Simone Sousa (85) 3082-8395
Camila Santos - produção - camila_santino@yahoo.fr

Cinco em Ponto:
www.palcomp3.com.br/cincoemponto
www.myspace.com/cincoemponto
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=12853132896746431563
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=1855437

Marta Aurélia apresenta "Acústica e Movente" em temporada estendida - novembro de 2010




Marta Aurélia apresenta nos sábados de novembro de 2010, no Foyer do Centenário Theatro José de Alencar, "Acústica e Movente", uma apresentação artística multifacetada, com convergência das linguagens da música, do teatro, da literatura, da performance. É um sarau acústico, recital contemporâneo, móvel, intimista, que aproxima o público dos artistas. São músicos convidados Catherine Furtado (percussão), Erivan Produtos do Morro (rap e beatbox), Felipe Breier (backing vocal e violão), Iago Bezerra (violão na abertura de "Acústica e Movente"), Ivan Timbó (piano e cavaquinho), Jorge Santa Rosa (violoncelo e direção musical) e Marco Leonel Fukuda (violão).

Serviço:
Marta Aurélia apresenta
"Acústica e Movente"
Sábados de novembro de 2010
Dias 6, 13, 20 e 27
Foyer do Theatro José de Alencar
20h
Ingressos: R$10 / R$5

sábado, 23 de outubro de 2010

Tropa De Elite 2 e o Pecado do Brasil: A política.

Tropa de Elite 2 me deixou emocionado, sério. Um filme com um roteiro amarrado e focado no que realmente quer dizer. Mais direto do que isso não existe só se for daqueles professorezinhos intelectulóides que tentam fazer de tudo para que o entendam.


Tropa 2 é fortemente político, muito mais cabeça para os de direitas e esquerdas, mas a sua movimentação não faz do filme ser em nenhum momento chato. Ele chama um público acostumado com filmes vídeo clips em que mau da pra ver o rosto do ator principal.
Muitos já sabem do que o tropa 2 esta falando dessa vez. O inimigo agora é outro, os políticos, algo mais difícil de enfrentar, algo antigo também de se combater. Cap. Nascimento é agora Coronel, passando para Subsecretário de segurança do Rio de Janeiro, melhorando a estrutura do Bope para melhor servir a população carioca. No meio da politicagem, confronta diretamente com um sistema corrupto, milícias e tráfegos nas favelas organizadas por PM’S numa troca de favores com candidatos em época de eleição. O que fazer para combater criminosos poderosos num poder como a política? Como Marcelo Madureira em sua participação no Manhattan Connection no canal GNT da Rede Globo onde ele diz que a política hoje no Brasil é servida de chacota nesse Governo Lula. Isso é verdade. Ele diz que a pior coisa que o Lula fez em seu governo. Mas a quem iremos recorrer? Pessoas como Nascimento não existem, e se existem a mídia deturpa tudo. Como acontece no filme.
Para piorar para Nascimento, nesse confronto direto que já existe com os políticos maniqueístas ele ainda confronta com Cap. André Mathias que da confiança do Nascimento é expulso do Bope por um erro no combate direto no Bangu 1, mas mesmo assim valeu Seu Jorge. E Cel. Nascimento ainda tem dificuldades de se relacionar com seu filho, (um momento bacana do filme é quando eles conversam num tatame enquanto lutam jiu-jitsu em vez de abraços ou outros tipos de carinho, é um carinho do Nascimento). E por fim, ainda tem que aguentar um ativista candidato a deputado estadual que não confia mais na polícia carioca, condenando Nascimento de fascista e violento em seus métodos de conversação com a bandidagem. Sob pressão (ai sim, tem que ser caveira) Nascimento vai até o fim para conseguir encontrar os verdadeiros culpados dessa esculhambação que é o esse Brasil. Mas usando as palavras de Nascimento, vai demorar muito para que toda a sujeira seja eliminada.



- Demetrius Silva

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Coral Seios da Face em nova temporada do espetáculo "Só sei que foi assim"



Coral Seios da Face

O Coral feminino Seios da Face é um Projeto de Extensão Universitária da Área da Saúde da Universidade Federal do Ceará, vinculado ao Departamento de Patologia e Medicina Legal, coordenado pela maestrina Alessandra Araújo e orientado pela Dra Yacy Mendonça, professora do curso de Medicina-UFC. Nos meses de outubro a dezembro de 2010, o Coral Seios da Face estará em cartaz com a 2ª temporada do espetáculo "Só sei que foi assim", um trabalho musical de coro cênico que apresenta canções multitemáticas do universo feminino; cantando uma retrospectiva de 12 anos de existência do grupo.

O grupo vem atuando desde outubro de 1997, participando com bastante desenvoltura em encontros de corais, calouradas, eventos e projetos musicais, conquistando cada vez mais o espaço merecido no cenário artístico cearense, dando mostras de maturidade e criteriosa escolha do repertório.

Um dos projetos do Coral Seios da Face em 2010 é o SÓ SEI QUE FOI ASSIM... que surgiu da vontade de tecer uma nova história, incluindo novas músicas selecionadas do repertório atual, além dos hits que fizeram parte dos espetáculos já montados pelo grupo: COR DE ROSA CHOQUE (1997), CABARET NOITE OCIDENTAL (1999), MADE IN BRASIL (2000), ESPIRAL DE SONS (2004) E JUNTAS NUM SÓ SER (2007).

Assim, “ALGUÉM CANTANDO” “DE VOLTA AO COMEÇO” é o Coral Seios da Face em SÓ SEI QUE FOI ASSIM... com o objetivo de mostrar o seu trabalho para um maior número de pessoas.



Ficha Técnica

Regência: Alessandra Araújo

Regente Assistente: Lenina Silva

Técnica Vocal: Alessandra Araújo e Tom Junior

Instrumentistas: Amanda Nunes e Marco Leonel Fukuda


Serviço -

Coral Seios da Face apresenta
"Só sei que foi assim"


Em Fortaleza/CE
24 e 31 de outubro de 2010 - 18h
Auditório Dragão do Mar (Domingo Musical)
R$2 / R$1

12 de novembro de 2010 - 20h
Sesc Iracema (Armazém do Som)
R$6 / R$3

No Cariri Cearense
4 de dezembro de 2010 - 20h
Sesc Adalberto Vamozi - Crato/CE
Entrada franca

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

II Ciclo de Debates em Assessoria de Comunicação da UFC

II Ciclo de Debates em Assessoria de Comunicação da UFC.

O curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC) promove entre outubro e meados de dezembro de 2010, o II Ciclo de Debates em Assessoria de Comunicação, sob a orientação da professora Klycia Fontenele.

A partir do dia 18 de outubro, profissionais da área de comunicação serão convidados para debater temas como: Comunicação Organizacional, Responsabilidade Sócio-ambiental, Relações Públicas, Gestão de Crise, Movimentos Sociais, Ética, Comunicação Pública e Marketing Político.

Os debates ocorrerão às segundas-feiras,de 18h às 20h, no Auditório da Biblioteca do Centro de Humanidades da UFC – Campus Benfica. O primeiro evento do ciclo de debates a ser realizado é um debate temático de Comunicação Organizacional e Responsabilidade Sócio-Ambiental, que contará com a presença das debatedoras convidadas Ana Luíza Monte, Assessora de comunicação da Nufarm, e Mayara Melo, assessora de comunicação do Fórum de Defesa da Zona Costeira Cearense.

Serviço-
2º Ciclo de Debate em Assessoria de Comunicação da UFC
"Comunicação Organizacional e Responsabilidade Sócio-Ambiental"
Com Ana Luíza Monte e Mayara Melo
Dia 18 de outubro de 2010,
18h - 20h
Biblioteca do Centro De Humanidades da UFC - Campus Benfica.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Marta Aurélia apresenta "Acústica e Movente"



Matéria no blog CULTucando:
www.zonamix.com.br/cultucando/2010/09/29/marta-aurelia-em-temporada-no-tja-em-outubro/

Marta Aurélia apresenta nos sábados de outubro de 2010, no Foyer do Centenário Theatro José de Alencar, "Acústica e Movente", uma apresentação artística multifacetada, com convergência das linguagens da música, do teatro, da literatura, da performance. É um sarau acústico, recital contemporâneo, móvel, intimista, que aproxima o público dos artistas. São músicos convidados Catherine Furtado (percussão), Erivan Produtos do Morro (rap e beatbox), Felipe Breier (backing vocal e violão), Iago Bezerra (violão na abertura de "Acústica e Movente"), Ivan Timbó (piano e cavaquinho), Jorge Santa Rosa (violoncelo e direção musical) e Marco Leonel Fukuda (violão).

Serviço:
Marta Aurélia apresenta
"Acústica e Movente"
Sábados de outubro de 2010
Dias 9, 16, 23 e 30
Foyer do Theatro José de Alencar
20h
Ingressos: R$10 / R$5

O Grupo Vocal Vitrola Nova recebe inscrições de cantores




Até a terça, dia 12/10, o grupo vocal Vitrola Nova recebe inscrições para cantores que queiram participar do grupo.
A seleção será dia 13/10, às 18:30, na região do Benfica.

O candidato precisa ter disponibilidade para ensaios segundas e quartas à noite, e dois sábados por mês para ensaios de corpo.
Interessados enviar email para vitrolanova@gmail.com com dados: telefone, breve histórico de experiências musicais, etc)

"É preciso cantar e alegrar a cidade"

www.vitrolanova.wordpress.com

Informações:
(85) 8829-6070 - Carlos

Vídeos do grupo Vitrola Nova no YouTube:

Encontros e Despedidas - Milton Nascimento (arranjo de Eduardo Dias de Carvalho):
http://www.youtube.com/watch?v=faxu8FyFWwA

Tocando em Frente - Almir Sater e Renato Teixeira (arranjo de Marcos Paulo Leão):
http://www.youtube.com/watch?v=afBhU4rdzTg

Jardim da Fantasia - Paulinho Pedra Azul (arranjo de Eduardo Dias de Carvalho):
http://www.youtube.com/watch?v=So94Krf6GUw

domingo, 10 de outubro de 2010

Divulgado o resultado final do I Festival de Música da Rádio Universitária

Foi divulgado na última sexta-feira, dia 08/10, ao vivo, às 18h, o resultado final do I Festival de Música da Rádio Universitária FM. Cheguei em casa correndo do último dia da XIX Semana de Comunicação da UFC. Sintonizei na rádio e, de tanta ansiedade por saber se minha música ficou entre as dez mais votadas, enrolado na toalha, não consegui desgrudar do rádio para tomar um banho, o que só fiz após a emoção de ter novamente ouvido "Ciliares" e da Marta Aurélia ter declarado que minha música tinha ficado em 2° lugar na categoria Música Instrumental. Notei que ela tinha uma entonação alegre, satisfeita na locução, pois estava surpresa e contente com o resultado que ela naquele momento narrava. Foi a segunda vez que ouvi uma música minha tocando numa rádio (na mesma 107,9 MHz), acrescentando a emoção de ter uma música finalista em um festival de música regional.

Pulei de alegria, para então tomar banho, pois faria uma apresentação na mesma noite no SESC Iracema, pelo lançamento do CD "Bora!", primeira coletânea do movimento Ceará Autoral Criativo. Fiquei feliz pelo Jefferson Portela, que, com a música "A Bala", ficou em 3° lugar na categoria música com letra, e pelo Edinho Vilas Boas, que, com a música "Retumbante", ficou em 5° lugar na mesma categoria. Ambos são companheiros meus do movimento Ceará Autoral Criativo, no qual estamos todos somando forças na batalha da produção cultural independente e contemporânea, na luta pelos espaços e pelo merecido reconhecimento à produção atual do nosso Estado.

O resultado do I Festival de Música da Rádio Universitária consagrou Tom Drummond, com "Seu Santo", na categoria música com letra; e David Calandrine, com "Quase era um choro", na categoria música instrumental, como os grandes vencedores da etapa regional, vinculada ao II Festival Nacional de Música da ARPUB (Associação das Rádios Públicas do Brasil). Ambas são músicas belíssimas (parabéns aos dois compositores) que vão representar o Ceará no festival nacional da ARPUB.

Esse relevante acontecimento da nova música cearense ainda não teve (vejam que absurdo!) cobertura da mídia impressa local, nos jornais Diário do Nordeste e O Povo, que preferiram cobrir o show caríssimo da Maria Rita no péssimo Siará Hall (que não oferece a infraestrutura mínima de equipamentos de som para eventos culturais e ainda cobra preços elevados por isso) e muitas outras programações culturais do que é comercialmente consagrado e esteticamente desgastado. Estou tomando o devido cuidado com as generalizações, há programações que, claro, têm valor, vigor estético, mérito artístico, conseguem espaço de divulgação na mídia e apelo junto à população cearense, mas falo do que é recorrente nos veículos impressos de comunicação de massa.

O Resultado final das 10 músicas vencedoras do I Festival de Música da Rádio Universitária FM em coberturas no portal da Universidade Federal do Ceará e no site da Rádio Universitária FM:

http://www.ufc.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=10579&Itemid=1
http://www.radiouniversitariafm.com.br/site/2213/nota/160230

Apesar disso, quero expressar a minha alegria pela 2ª colocação na categoria Música Instrumental. Os dois primeiros colocados (David Calandrine e eu, Marco Leonel Fukuda) nessa categoria são compositores violonistas, demonstrando que o violão é um instrumento de destaque na produção musical do Ceará. Quero agradecer a todos os amigos que incentivaram, que votaram em "Ciliares" no site da Universitária FM e estão acompanhando a minha trajetória como músico.

Sonoros abraços,

Marco Leonel Fukuda
Fortaleza, 10 de outubro de 2010.

Sobre a XIX Semana de Comunicação da UFC

Após quatro anos de interrupção, a Semana de Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC) volta a ser realizada. O evento, organizado pelo Diretório Acadêmico Tristão de Athayde (DATA - Comunicação Social UFC), aconteceu na semana passada, entre os dias 4 a 8 de outubro de 2010 no Centro de Humanidades Área 2 (CH2) no Campus Benfica da UFC em Fortaleza. Comemorou os 45 anos de criação do curso de Comunicação Social da UFC (1965-2010).

Entre oficinas, grupos de discussão, painéis, palestras, apresentações de trabalhos práticos e científicos, integração com o curso de Jornalismo da UFC - Cariri recém-inaugurado, foi uma semana bastante proveitosa. Há perspectivas para que o evento seja organizado novamente em 2011, com a participação crescente da comunidade acadêmica. Discutiram-se temáticas variadas sobre a formação do comunicador, novas tecnologias, cultura popular, interfaces da comunicação.

O 2° semestre de Jornalismo da UFC, sob a orientação da profa Mônica Mourão, realizou entrevistas com jornalistas formados pela UFC ao longo dos 45 anos do curso de Comunicação Social. Esse trabalho integrou a exposição que comemorou essa efeméride, junto com trabalhos jornalísticos e peças publicitárias dos alunos da UFC ao longo dessas quatro décadas e meia. As entrevistas foram postadas, na íntegra, no site da XIX Semana de Comunicação: www.semanadecomunicacaoufc.blogspot.com

Participei da primeira palestra da semana, com a professora Mônica Mourão, promovida pelo Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social) sobre representações na mídia, concessões públicas e políticas de radiodifusão no Brasil. A segunda palestra era sobre Internet, Eleições e Democracia com o prof Jamil Marques, que também coordenou as apresentações que assisti de trabalhos científicos sobre novas tecnologias, como as redes sociais, podcasts, interatividade, jornalismo digital.

Assisti ao primeiro telejornal produzido pelo Petv, projeto de extensão de telejornalismo ligado ao PetCom (Programa de Educação Tutorial do curso de Comunicação Social/UFC) e ao primeiro telejornal "Semana na TV", apresentado na solenidade de abertura. Gostei bastante do projeto de rádiodocumentário sobre a Padaria Espiritual, do trabalho sobre o podcast da Revista Bravo!, do artigo sobre o Twitter e o Microblogging, da estruturação e do layout do site do GRIM (Grupo de Pesquisa da Relação Infância, Adolescência e Mídia - www.grim.ufc.br). Participei do programa Radiação do dia 08/10, na Radiadora, a rádio dos estudantes de Comunicação Social da UFC, que tinha duas edições diárias durante a Semana de Comunicação de 2010.

João Ernesto Mota (Publicidade e Propaganda/UFC - 7° semestre) coordenou o Grupo de Discussão Cultura Popular: Canto para outros cantos, que contou com o professor Wellington Jr (ICA-UFC) e Fabiano de Cristo (músico, produtor, diretor de cultura do Sesc Iracema em Fortaleza) como debatedores convidados. A apresentação de um documentário sobre os cantos de trabalho nas plantações de cacau na Bahia e de vídeos de apresentações de grupos de coco de praia e de sertão, como Coco do Iguape (Aquiraz-CE) e o Coco Frei Damião (Juazeiro do Norte-CE) e Raízes de Arcoverde (PE) suscitou uma série de discussões sobre a cultura popular, as relações entre o tradicional e o contemporâneo, o aspecto estético da vida, as manifestações culturais como expressão do espírito criativo do ser humano. O GD de Cultura Popular foi a programação mais rica e interessante, terminou com a sugestão da criação de um grupo de estudos sobre o tema, o que empolgou a muitos, apesar de famintos e ansiosos estivessem para almoçar.

A XIX Semana de Comunicação da UFC foi um evento marcante, que, com certeza ampliou a minha visão sobre Jornalismo, Comunicação, Cultura e suas temáticas, polêmicas, questões problemáticas, perspectivas e possibilidades. Espero participar das próximas edições, que, sem dúvida, muito irão acrescentar à minha formação acadêmica como jornalista, comunicador e músico.

Marco Leonel Fukuda
Fortaleza, 10 de outubro de 2010.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010




O Movimento Ceará Autoral Criativo realizará o lançamento da sua primeira coletânea Bora! no Sesc Iracema nos dias 8 e 9 de outubro de 2010. Sessões anteriores de lançamento já foram realizadas no Passeio Público, no auditório da Escola Viva Música Viva e no ManiFesta! no Theatro José de Alencar. O Ceará Autoral Criativo é um movimento que reúne compositores, intérpretes e instrumentistas que estão em busca de divulgar produções autorais e contemporâneas na cidade de Fortaleza, articulando-se em redes, somando esforços e públicos.

É o trabalho da mais recente safra da nova geração da música cearense. A cultura do Ceará está passando por um momento de renovação e de efervescência.

Estão todos convidados. Divulguem!

Serviço
Armazém do Som - Sesc Iracema
Ceará Autoral Criativo lança CD "Bora!"
Dias 8 e 9 de outubro de 2010
20h
R$6 / R$ 3

www.cearaautoralcriativo.blogspot.com
twitter: @cearaautoralc

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Entrevista com o professor Gilmar de Carvalho

Entrevista com o professor Gilmar de Carvalho
45 anos do Curso de Comunicação Social da UFC (1965-2010)
Trabalho da Disciplina de História do Jornalismo Brasileiro - profª. Mônica Mourão
2° semestre de Comunicação Social / Jornalismo
Fortaleza, 27 de setembro de 2010. 10h da manhã.
Alunos-entrevistadores: Marcella Macena, Marcello Soares e Marco Leonel Fukuda.


Gilmar de Carvalho


O Professor Gilmar de Carvalho é jornalista, publicitário, professor aposentado do curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC). Pesquisador em cultura popular, curador da seção expositiva de xilogravuras do Museu de Arte do Ceará (MAUC – UFC), possui Mestrado em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e Doutorado em Comunicação e Semiótica pela Universidade Pontifícia Católica de São Paulo (PUC-SP). Nesta entrevista, concedida na manhã da última segunda-feira 27 de setembro de 2010 no prédio do departamento de Comunicação Social da UFC, o professor Gilmar de Carvalho relatou experiências do seu tempo como estudante de Comunicação Social da UFC (1969-1972). Gilmar falou de como eram a imprensa cearense e o exercício do jornalismo naquele momento histórico, da vida na universidade durante a ditadura militar no Brasil, da sua atuação profissional como jornalista, publicitário, professor e pesquisador da UFC, sua convivência com o poeta Patativa do Assaré como organizador da obra de um dos maiores poetas da literatura de cordel e encerra a entrevista com um balanço dos 45 anos do curso de Comunicação Social da UFC (1965-2010).

1. Professor, o senhor cursou Jornalismo em uma das primeiras turmas daqui da UFC, como era a estrutura do curso no ano em que o senhor ingressou? Quais eram os professores?

Gilmar de Carvalho: A estrutura do curso era muito precária, muito mais precária ainda do que o que é hoje. Na verdade, a gente tinha um arremedo, apesar da boa vontade de alguns professores, e apesar da importância que foi a luta pela criação de um curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo no Ceará naquele período. A gente vivia muitas dificuldades. Uma boa parte dos professores, sem querer desmerecê-los, vinham do Direito, passavam pelas redações, onde eles se formavam, na verdade, uma formação na prática, não tinham uma formação acadêmica que a minha geração passou a ter e passou a oferecer depois aos alunos do curso. Então eram poucos laboratórios, tinha professores esforçados, alguns muito amigos e que marcaram muito a vida, a experiência da gente. Mas era tudo muito improvisado. Quando a gente ouve hoje notícias de que estão instalando novos equipamentos, de que estão contratando professores, de que estão contribuindo para um aperfeiçoamento do curso, a gente fica feliz, porque se lembra das dificuldades e de como era tudo muito precário, como era tudo muito incipiente quando a gente começou. Entrei no curso em 1969 e saí em 1972, na verdade, sou da quarta turma que saiu do curso.


2. Como era a imprensa cearense e o exercício do jornalismo naquela época em que o senhor era estudante?

Gilmar: A imprensa cearense era muito ainda, digamos, mais amadora, ela estava ainda se profissionalizando. Nós não tínhamos ainda grandes grupos econômicos que passaram a atuar em seguida. Nesse momento, em 1969, nós já tínhamos uma sociedade do empresário Edson Queiroz com o empresário José Afonso Sancho, eles dois geriam o jornal Tribuna do Ceará. Mas os outros jornais eram pequenos, embora estivessem ligados a alguns grupos; comecei a escrever, por exemplo, na Gazeta de Notícias, que fazia do grupo J. Macêdo, mas ela era assim a ponta, era o mais insignificante, era o menos importante do grupo, tanto que foi uma das primeiras empresas das quais o grupo se desfez. Ela foi vendida para o jornal O Povo, e o jornal O Povo tratou logo em seguida de fechar a Gazeta de Notícias. Em 1969, quando eu comecei a fazer o curso de Jornalismo, as empresas estavam investindo pesado na compra de equipamentos de off-set, que melhorou bastante a feição gráfica e a possibilidade de se fazer um jornalismo mais atraente, mais sedutor do ponto de vista visual, com a utilização da fotografia, de charges, de cartuns, com um acabamento melhor. Antes os jornais eram pesados, eram ainda mais, digamos, "mal-feitos", mais mal impressos, então eu pego essa virada com a implantação do off-set. O primeiro jornal que implantou foi a Tribuna (do Ceará), exatamente porque estava fazendo parte de uma sociedade do Edson Queiroz com o Sancho. Depois os outros jornais passaram a adotar. Em 1969, nós tínhamos ainda uma divisão de jornais que circulavam pela manhã e jornais que circulavam à tarde, o que, depois a partir do início da década de 70, houve uma padronização e os jornais passaram a circular apenas pela manhã. Nós não temos mais jornais vespertinos. E também em 1969, os jornais não circulavam todos os dias. Alguns jornais deixavam de circular aos sábados, outros deixavam de circular sábados e domingos, outros às segundas-feiras. Então nós tivemos na verdade um realinhamento dos jornais dentro de uma ordem capitalista, de lucro, de um gerenciamento mais empresarial da atividade. Os jornais passaram a circular todos pela manhã, todos os dias da semana, e o número de jornais diminuiu muito. Nós chegamos a ter muitos jornais, durante alguns períodos dez jornais, depois oito e hoje temos três jornais diários que circulam em Fortaleza. Essa tendência também já tinha sido antecipada pelos estudiosos, de que haveria uma concentração, uma redução do número de veículos da mídia impressa.



3. E como foi para os estudantes de Comunicação naquela época que tinha um certo contexto de censura e repressão, como foi estar naquele momento para os estudantes, de ter vivido aquilo?

Gilmar: Foi muito difícil porque estava em vigor o Ato Institucional nº 5. Ele nos punia inclusive com a expulsão da universidade. Tinha um decreto, digamos, tinha um instrumento da ditadura que podia nos expulsar da universidade se nós fizéssemos atividades que contrariassem a ordem que estava no poder. E nós tínhamos infiltração de pessoas que eram ligadas aos aparelhos repressivos, que ficavam, às vezes assistiam a uma aula, aparecia uma pessoa para assistir a uma aula que a gente nunca tinha visto e essa pessoa era provavelmente ligada à ditadura, ligada à repressão. Nós tínhamos inclusive, eu não vou citar nomes, nós tínhamos professores do curso que eram ligados à repressão e que ameaçavam nos entregar, nos denunciar. Tínhamos também pessoas éticas, maravilhosas, competentes, amigas e pessoas confiáveis como a professora Adísia Sá e como outras pessoas muito importantes que vale a pena a gente ressaltar. E não vale a pena a gente citar o nome de outras pessoas. Nós vivíamos um clima muito pesado dentro da universidade, era como se houvesse um fosso, era como se houvesse uma necessidade de um conflito permanente, de uma tensão, de uma inimizade entre professores e estudantes. O que não é o caso, não é assim que eu penso que devam ser as relações dentro de uma universidade.



4. Falando agora da questão do senhor como professor, quando surgiram o interesse e a oportunidade de se tornar professor e pesquisador da universidade e como se relacionavam as suas atividades em sala de aula com as suas pesquisas em comunicação, cultura popular, curadoria?

Gilmar: Olha, eu prestei concurso em 1981, tirei o segundo lugar. Não vale a pena a gente comentar isso, mas a gente tem que aceitar que ficou em segundo lugar (risos). Foi uma história meio complicada. O candidato que tirou o primeiro lugar, a rigor, não poderia ter se inscrito, porque na época a legislação estabelecia um limite de 60 anos, e o candidato que tirou o primeiro lugar, quando se inscreveu, ele tinha mais de 60 anos. Então, a rigor, o departamento jurídico deveria ter barrado a inscrição dele, não o fez, eu tirei o segundo lugar e entrei aqui depois de algumas aposentadorias, algumas mortes, ficaram algumas lacunas aqui, e, como o meu concurso ainda estava em vigor, resolveram me chamar. Tanto que na minha carteira do Ministério do Trabalho está dizendo que a minha contratação estaria condicionada à decisão que o Superior Tribunal (de Justiça - STJ) faria da ação que o candidato que tirou o primeiro lugar e que não conseguiu entrar estava movendo. Mas eu terminei ficando, já me aposentei inclusive, e foi uma experiência muito agradável. Eu saí do mercado, trabalhei pouco tempo, que é uma coisa que eu acho ruim, eu deveria ter trabalhado mais tempo. Trabalhei pouco tempo com Jornalismo, trabalhei mais tempo com Publicidade. E vim para cá logo em seguida, aproveitando todas as possibilidades e cumprindo todas as normas, eu saí para o mestrado e para o doutorado. E assim eu tentei dar uma resposta, tentei me tornar um professor qualificado para lutar por uma melhoria de qualidade do curso. E em relação às minhas pesquisas, elas sempre foram muito fortes, sempre pesquisei muito e pesquisava mesmo, na maioria das vezes, às minhas custas, sem bolsas e era uma coisa muito prazerosa. A gente alugava um ônibus, rateava o aluguel do ônibus com os alunos, fazia roteiros, viajávamos pelo interior. Os alunos e as alunas pagavam os seus alojamentos, as suas alimentações, e nós fizemos viagens memoráveis, algumas pessoas ainda têm registros fotográficos, vídeos e entrevistas feitas. Visitamos muitos mestres da cultura e demos uma ideia do que seria o interior do Ceará. Fomos ao Sertão Central, à Ibiapaba, ao Vale do Jaguaribe, percorremos várias regiões, ao Cariri, em que fomos mais vezes, ao Cariri cearense, e os alunos gostavam, eu gostava, e estava sempre pesquisando e sempre com um projeto novo para desenvolver. Acho que dar aulas é

agradável, é prazeroso, é importante, mas o professor não pode só ficar em sala de aula, então tinha que fazer pesquisa e também tinha que fazer extensão. 

5. O senhor também trabalhou como publicitário em uma época em que não havia formação acadêmica específica no Ceará. Em que aspectos essa experiência contribuiu para a sua formação como comunicador? 


Gilmar: Na verdade, os cursos de publicidade vêm muito depois. O primeiro da Unifor (Universidade de Fortaleza) e depois da federal (Universidade Federal do Ceará). A gente era formado mesmo no dia-a-dia. Eu tive problemas com direções de jornal, não queriam me chamar, eu estava desempregado e uma amiga que era publicitária, também formada em Jornalismo pela UFC, a Dodora Guimarães, me indicou para a Scala Publicidade. Fiquei quatro anos lá, fiquei três anos na Mark, fiz alguns free-lancers depois. Foi muito importante ter uma ideia de como funcionava a Publicidade, essas estratégias de sedução, todas essas questões ideológicas. É muito fácil a gente ficar jogando pedras e detonando quando a gente está do lado de fora, mas ir para ver como uma agência funciona, como se monta, como é que você faz aquilo tudo. Uma ideia mais apurada, mais fina, eu acredito, dessa estrutura do capitalismo, de como isso funciona, da própria relação da Publicidade com os jornais, isso ficou bem mais claro pra mim quando me tornei publicitário. E eu acredito que eu tenha ganho muito com a Publicidade. A noção de tempo, tentar vencer uma certa prolixidade que às vezes a gente tem, de ficar dando voltas, dizendo as mesmas coisas, e falando muito quando a gente pode falar em menos tempo. A Publicidade me deu uma noção do que eram trinta segundos, do que era um minuto, de uma concisão, de uma objetividade de que o Jornalismo fala muito, mas nem sempre aplica. E a Publicidade é obrigada a aplicar, porque os custos são muito elevados. Então me deu essa noção de tempo, essa noção de espetáculo, uma noção de planejamento, de programação, assim, acho que eu me tornei um melhor profissional. E se eu me tornei um melhor professor, eu devo muito à minha passagem pela Publicidade.



6. Como foi a sua convivência com o poeta Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva [1909-2002], notável poeta cearense da literatura de cordel) e o seu trabalho como organizador do livro "Cordéis e Outros Poemas", lançado pela editora da UFC, e por vários anos utilizado na lista de leitura indicada do vestibular? 

Gilmar: Em 1993, eu trabalhei um ano como assessor do secretário de Cultura, o professor Paulo Linhares, e nesse período, eu conheci o Patativa. Fui até Assaré, tive uma ideia de lançar uma caixa com os cordéis de Patativa. Essa ideia já tinha sido levantada e eu viabilizei essa caixa e essa ideia, quando estive na Secretaria da Cultura em 1993. Isso foi quando eu conheci o Patativa. No ano seguinte, em 1994, eu saio para fazer o doutorado, e eu fiz o meu doutorado, envolvia xilogravura, eu fui muito ao Cariri. E numa das viagens, fui até Assaré e perguntei ao Patativa se ele topava me dar uma entrevista, assim, de um dia. Ele topou e ficamos um dia todo conversando. Essa entrevista se transformou num livro e a partir daí, a minha relação com o Patativa foi se tornando uma relação de confiança, de amizade, uma relação muito próxima. Organizei a Antologia Poética dele, fiz um livro de entrevista, fiz um livro de ensaios, um livro de cordéis de cordelistas que homenageavam o Patativa e eu juntei entrevistas, biografias e ensaios em um livro só chamado "Cem Patativa", que deveria ter sido lançado no ano passado e vai ser lançado este ano. Estou fazendo também um livro com o Thiago Santana, com as fotografias do Thiago e o texto meu. Então, ao todo, eu tenho dez livros sobre o Patativa, com o Patativa, do Patativa, para o Patativa (risos). E a caixinha de cordéis que fez com que eu me aproximasse dele, acabou se tornando o livro "Cordéis e Outros Poemas", que foi um livro indicado para o vestibular da UFC. O Patativa foi uma pessoa maravilhosa, iluminada, incrível, a maior pessoa que eu conheci. E uma pessoa muito digna, um grande poeta e essa minha relação com ele foi uma coisa muito prazerosa, foi muito importante para mim. E eu acredito que eu tenha tentado, tentei e espero ter conseguido dar conta de expressar a grandeza dele nesses livros que eu organizei, nesse trabalho que eu fiz e que eu tenho feito de divulgação da obra dele.



7. Como o senhor analisa a importância do curso de Jornalismo da UFC nas transformações culturais, políticas e sociais da sociedade cearense ao longo desses 45 anos (1965-2010)? 

Gilmar: Olha, eu acredito que a criação do curso tenha sido um marco na história do jornalismo cearense e acredito que os jornalistas que saíram daqui, eles, de um modo ou de outro, com maior, com menor intensidade, eles levaram para o mercado, levaram para a comunidade um maior domínio das técnicas, uma visão ética e um comprometimento com algumas questões. Claro que a gente não pode generalizar, nós temos muitas distorções, continuamos tendo colunismo social, continuamos tendo colunismo político chapa-branca, temos muitos problemas. Mas eu diria que o curso foi muito importante, tem sido, vem sendo e eu acredito que nesses 45 anos a gente deva se unir para lutar pela volta do diploma, que me parece ser uma questão muito séria também no sentido de dar uma maior consistência, e dar uma maior unidade às lutas, aos discursos, aos textos que a gente publica. E para a gente tentar ver que o jornalismo que a gente faz serve para alguma coisa além de servir para enrolar peixe no dia seguinte.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Literatura - "Picolé de tapioca" - Honório Jaguaribe

O Blog Cultura Ciliar agora traz com exclusividade o poema "Picolé de tapioca" do poeta cearense Honório Jaguaribe, inspirado em obra musical homônima do compositor Marco Leonel Fukuda.

Picolé de tapioca

"Caminhando entre as pessoas numa hora de castigar,
É a barra do meio dia, quase agonia
De tanto andar, resolvendo problemas de grande valor
Nesta hora me lembro do gosto refrescante.
Paro um instante: Picolé de tapioca
gosto no céu da boca a espantar esse calor,
feito este chorinho que me toca,
Prazer que não se troca.

Assim digo pra você meu amor:
Picolé de tapioca...
Feito este chorinho que me toca,
Contentamento neste início de tarde.
Vou voando nesse breve pensamento, até que o picolé acabe.
Seu olhar diz pra mim, que você sabe.

Todo detalhe de uma palavra está na simplicidade dos atos,
tocando acordes e harmonia nas cordas do meu violão,
É de coração.
Doce picolé de tapioca...
feito este chorinho que me toca,
prazer que não se troca.

Vai a hora correndo assim como os apressados fatos,
eu me perdendo na doçura.
De uma música com tua formosura,
mas é algo simples do aqui e agora
bem o picolé de tapioca acabou, vou-me embora."

Honório Jaguaribe
Fortaleza, 29 de junho de 2010.


O blog Cultura Ciliar pediu devidamente a autorização do autor deste texto para publicá-lo na íntegra.

Música - Edinho Vilas Boas vence a seletiva de Fortaleza do Canta Ceará




Na noite do último sábado, dia 7 de agosto de 2010, aconteceu na Praça Verde do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura a etapa seletiva de Fortaleza do Festival Canta Ceará, realização do Instituto Solaris com patrocínio da Coca-Cola. Entre 500 inscritos, foram selecionadas sete bandas, que teriam, cada uma, 12 minutos para montar o seu equipamento, afinar os seus instrumentos e realizar a sua apresentação. As bandas apresentaram trabalhos de muitos gêneros musicais como sambarock, MPB, rap, pop rock de garagem. Além de premiação em dinheiro, os concorrentes disputaram vagas no festival Ceará Music e espaços na programação das rádios Cidade, Atlântico Sul e Jovem Pan.

O mestre de cerimônias foi o repórter Daniel Viana, da emissora Verdes Mares, que teceu uma série de comentários desnecessários, fazendo inúmeras perguntas impertinentes, para tentar entreter a multidão que pacientemente esperava pelas apresentações, além de escolher aleatoriamente pessoas na plateia para dar uma "canja" a capela enquanto os músicos se preparavam para tocar.

Com a música autoral "De maré em maré" (Edinho Vilas Boas/Jefferson Portela) e um ousado e psicodélico arranjo de "Pagode Russo" de Luiz Gonzaga, Edinho Vilas Boas e sua banda merecidamente venceram essa primeira fase do festival. A plateia rapidamente aprendeu o refrão "Vou de maré em maré / pra saber como é / e, se a canoa virar / me atrevo a nadar" e vibrou com entusiasmo ao final das duas músicas apresentadas. De fato, Edinho Vilas Boas e banda demonstraram maior qualidade musical, entrosamento e dinâmica de grupo, um som vivo e consistente, o que levou muitos a torcer e aos jurados coube apenas confirmar a vitória de Edinho, acompanhado pelo contrabaixista Carlos Hardy e pelo percussionista Jefferson Portela, todos eles músicos integrantes do movimento Bora! Ceará Autoral Criativo.

O festival Canta Ceará ainda vai circular com seletivas por outras cidades do interior cearense como Crato, Limoeiro do Norte, Quixadá, Tauá, Sobral e Itapipoca antes de regressar para a grande final do evento em Fortaleza no dia 25 de setembro, também na Praça Verde, com um finalista de cada cidade.

Após as apresentações das bandas da seletiva, Ana Cañas foi a cantora convidada para encerrar os shows da noite. Apesar de ter sido acompanhada por excelentes músicos, o som estava alto demais e não dava para identificar claramente se ela cantava em inglês ou português. A grande expectativa em torno do trabalho dela, de uma MPB mesclada com soul e blues, muito elogiado por músicos do quilate de Nando Reis, não se confirmou nessa ocasião no palco da Praça Verde, ainda que Cañas fosse a atração principal da noite de sábado. Talvez ela não estivesse em um bom dia, o que todos os artistas estão suscetíveis a vivenciar.

Festival Canta Ceará 2010 - para saber mais:
www.cantaceara.com.br

Pare para ouvir - Lucas Benedecti - www.pareparaouvir.blogspot.com

Movimento Bora! Ceará Autoral Criativo - www.cearaautoralcriativo.blogspot.com

Artes Visuais - Vik Muniz




Terminou ontem, domingo dia 8 de agosto, no Espaço Cultural da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), a exposição do artista brasileiro Vik Muniz. A exposição, que iniciou-se no dia 16 de abril, atraiu muita gente no seu último dia de exibição, por causa desse velho hábito do brasileiro de deixar muitas coisas para a última hora. A expressão nos semblantes dos visitantes era de satisfação, de alegria pela oportunidade de ver um trabalho de amplo reconhecimento e de alto valor estético e artístico democratizado e acessível na capital cearense.

Surpreenderam-me a criatividade e a ousadia de Vik Muniz, que consegue mesclar elementos de arte efêmera e impressionismo nas suas obras de arte contemporânea. Fez obras com materiais curiosos como chocolate, açúcar, areia, arame, sucata, até soldadinhos de plástico, que após construí-las, tinham de, com estupenda agilidade, ser fotografadas antes que desmanchassem. Baseou-se em grandes pintores como Monet, mas, ao invés de se valer de borrões de tinta para alcançar efeitos vistos à distância pelo espectador dos quadros, Vik lançou mão de recortes de revistas, até para elaborar um auto-retrato.

Obras de pintores renascentistas como Rafael Sânzio e Bosch eram rearranjadas com múltiplas combinações de quebra-cabeças, uma assustadora medusa feita de macarrão e molho de tomate, Mona Lisa de Leonardo da Vinci foi desenhada num prato com geléia e doce de leite, belas paisagens de linhas de costura emaranhadas, grandes depósitos de sucata e resíduos recicláveis fotografados de cima revelavam belas imagens e construções visuais, semelhante à abertura da atual novela das oito na rede Globo, "Passione". Valiosas e apropriadas reflexões surgem ao olhar o trabalho de Vik Muniz, que questiona a fragmentação na vida contemporânea, a versátil utilizaçãos dos mais variados materiais, com a ressignificação do cotidiano. Foi uma exposição memorável no Espaço Cultural da Unifor, como também foram as exposições anteriores do Rembrandt, do Antônio Bandeira, da vida e da obra do Visconde de Mauá, e mais uma cobertura de evento artístico realizada pelo blog Cultura Ciliar.

Para saber mais:
http://www.unifor.br/joomla/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=227&Itemid=1175

sábado, 10 de julho de 2010

O sonho do hexa fica pra próxima

Aconteceu na sexta da semana passada, o que, de alguma forma, já era até previsível, a seleção brasileira masculina de futebol foi eliminada da Copa do Mundo da África do Sul. Não só a seleção, com seus vinte e poucos jogadores e comissão técnica, mas quase duzentos milhões de brasileiros que assistiam foram eliminados também da grande festa do esporte que é febre nacional. A Holanda mereceu ganhar, é verdade, com talentosos jogadores como Sneijder e Robben, jogou de maneira competente, equilibrada emocional e taticamente e virou o jogo, apesar de ter começado atrás no marcador, com um gol de Robinho após um belo passe do volante Felipe Melo, que perdeu a cabeça sendo expulso algum tempo depois. O Brasil perdeu para a Holanda, seleção que já o eliminou antes na copa de 1990, mas que também por nós vencida nos embates das copas de 1994 e 1998 (semifinal eletrizante, com o goleiro Taffarel pegando dois pênaltis, eu me lembro bem). Mas, levemos na esportiva, porque "um dia é da caça, o outro do caçador" já dizia um sábio ditado popular, e precisamos nos conformar que não são sempre recheados de vitórias todos os dias da vida.

Quando somos derrotados, é preciso refletir para aprendermos boas lições e tentar não repetir os mesmos erros. E aqui cabem duras críticas ao trabalho que tem sido feito na seleção brasileira de futebol, que muito nos tem desapontado nos últimos anos, em especial, 1998, 2006 e 2010, apesar de uma alegria do pentacampeonato em 2002 intercalada nessas competições citadas.

No futebol, acreditamos que somos o suprassumo, a melhor seleção do planeta, por sermos pentacampeões, mas isso não basta. Assumimos uma arrogância da suposta hegemonia do futebol sul-americano (a Argentina de Diego Maradona nos acompanhou nesse raciocínio, diferente de Uruguai e Paraguai, também vizinhos e "hermanos latinos", mas que jogaram com garra, com sangue no olho e perderam honrosamente este ano), mas as copas de 2006 e 2010 têm tido times europeus como finalistas.

A seleção brasileira podia até ter um time que vinha jogando bem nas eliminatórias, na Copa América, mas que sucumbiu na falta de um projeto mais consistente, contando com um elenco composto quase exclusivamente de estrelas internacionais, escolhidos pelo lobby dos patrocinadores e atuam em times que quase não os liberam para treinar quando são convocados. E um time que não treina, não joga bem, isso é fato. Também não tivemos nesta copa uma equipe coesa, no sentido de jogar coletivamente, contando apenas com os talentos individuais, o que não garante sucesso em empreendimentos humanos realizados em grupo. Temos uma crença falsa, uma ilusão de que sempre que o Brasil joga futebol, não precisa somente jogar bem, precisa dar espetáculo, e isso é terrível, porque condiciona o nosso povo a ter a esperança direcionada a um esporte como o futebol, que é uma "caixinha de surpresas", instável, movediço, mutável como a própria vida.

Terminada a copa para a nossa seleção, começam as campanhas eleitorais da política, e o sonho do hexa fica para a próxima copa, em 2014, que será sediada aqui no Brasil. É preciso acordar para que nos preparemos para a escolha do próximo presidente da República, [que, ao contrário do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), é eleito democraticamente e o seu mandato é periódico], dos próximos governadores, senadores e deputados federais (de fato, é preciso renovar aquela vergonha que é o Congresso Nacional brasileiro). E um banho de realidade é sempre bom de vez em quando, para o Brasil preparar uma seleção mais competitiva para 2014, além de cuidar bem da casa, reformar não só estádios, mas também arrumar as cidades que sediarão os próximos jogos, melhorando o transporte público, a mobilidade urbana, a infraestrutura básica, gerando benefícios que perdurem para os cidadãos depois que a copa terminar e os turistas partirem.

domingo, 4 de julho de 2010

RECOMENDO TOY STORY 3



Em 1995, quando eu tinha meus 10 anos e já tinha visto Forrest Gump numa época que esperar pela Televisão exibir filmes que você não podia alugar por não ter dinheiro, aparecia uma fábrica de sonhos que se chamava PIXAR. Algo que era maravilhoso como a Walt Disney mas sem aquela musicais chatos (às vezes). Toy Story, uma história fabulosa de brinquedos que como razão para suas vidas era só de ser brincados. O cowboy Woody e Buzz Lightyear, os preferidos de seu dono Andy e sua trupe de bonecos encara o terceiro filme depois de 15 anos de vida e de PIXAR. 
A Pixar que todo ano nos entrega um presente nas salas de exibição e nunca, jamais, conseguiu fazer algo que não fosse impossível de amar. Toy Story 3 para mim já faz parte das melhores trilogias da história, melhor até que o clássico-mor O Poderoso Chefão (sem exageros).
A turma está num dilema: qual será o destino de todos ali diante de um Andy de 17 anos que está indo para a Universidade?! Woody é o único escolhido para ir com ele, mas os outros temiam o lixo, e por um descuido eles acabam indo pra frente da casa jogados numa sacola plástica de lixo. Com lembranças de outros clássicso de filmes de fuga, eles entram numa creche maldita liderada por um urso meigo e rosa chamado Lotso 9 e sem falar no Ken, o brinquedo conjunto da Barbie rouba as gags mais divertidas do filme - e o flerte sensacional do Buzz com a Jessie dançando as músicas que conhecemos do filme na versão em espanhol, por causa de um dispositivo encontrado no Buzz que ele vem na versão em espanhol.(muito bom, muito bom mesmo) A epopéia começa - minto - o épico já tinha começado hà quinze anos atrás. O que vemos aqui é emoção, a importância da amizade, a zona de conforto que todos nós lutamos para ter com nossos mais próximos, e muito divertido também, claro,  se não, seria outra coisa, mas não seria Pixar.
E de praxe, antes do filme sempre há um curta fantástico feito pelas cabeças pensantes da Pixar chamado Dia e Noite, talvez o melhor que já vi no longo destes anos onde sempre tem um curta genial, gostoso de assistir e eletrizante. Este é especial, contundente e recheado de esperteza e amor pela sétima arte. Uma arte que diverte e comove, Como o Sr. Walt Disney fazia muito bem.
Dizer que Toy Story configurou minha paixão por esta arte tão complexa (digo, por trás das câmeras tão absurda de achar que é possivel fazer cinema com gente tão estranha e querendo realizar algo por dinheiro ou algo assim) é dizer que Toy Story é um dos filmes mais importantes da história, e que O seu terceiro filme é excepcional, que se fechar com chave de ouro, será sim uma obra que muitos queriam ter feito, inclusive eu.
Obs: Não precisa ver em 3D caso você ache que a emoção está no tridimensional, o bacana é que os óculos escondem suas lágrimas diante de uma estória maravilhosa.

Nota: 10

domingo, 13 de junho de 2010

Domingo, 13 de junho de 2010, 3ª sessão de lançamento do CD "Nascente" de Marco Leonel Fukuda




No domingo 13 de junho de 2010, às 16h, Marco Leonel Fukuda fará a sua 3ª sessão de lançamento do CD "Nascente" no foyer do Theatro José de Alencar. As duas primeiras sessões de lançamento foram no dia 6 de junho no foyer do TJA e no dia 12 de junho, dia dos Namorados, no Passeio Público pelo projeto Sol Maior - Grandes Solistas Cearenses da SECULTFOR. Para a apresentação de hoje, Marco Leonel Fukuda convidará o percussionista Alex Vasconcelos para um recital de música instrumental para violão, em que será privilegiada a diversidade de ritmos da música brasileira.

Repertório

Marco Leonel Fukuda lança CD "Nascente"
Domingo, 13 de junho de 2010
Foyer do Theatro José de Alencar
16h
Entrada franca
(pela democratização do acesso à arte e à cultura)


1. Correnteza - Tom Jobim
2. Quando estou triste - Hamilton Costa
3. Delicadeza - Marco Leonel Fukuda
4. Retrato Brasileiro - Baden Powell
5. Tempo de criança (choro) - Dilermando Reis
6. Valsa Venezuelana n° 3 - Antonio Lauro
7. Aurora - Marco Leonel Fukuda
8. Raiou o dia (samba) - Marco Leonel Fukuda
9. Férias na casa da vó (xote) - Marco Leonel Fukuda
10. Maracatango (maracatu cearense e tango) - Marco Leonel Fukuda
11. Ciranda de ternura / Domingo de carnaval (cirandas) - Marco Leonel Fukuda
12. Comida de casa (frevo) - Marco Leonel Fukuda
13. Baião da Folia de Reis - Marco Leonel Fukuda
14. Jornada (quadrilha) - Marco Leonel Fukuda

Marco Leonel Fukuda - violão
Alex Vasconcelos - percussão

Para saber mais: www.myspace.com/marcoleonelfukuda
www.twitter.com/mleonelfukuda
www.pareparaouvir.blogspot.com

"Nascente" no Jornal Diário do Nordeste - 13 de junho de 2010

MÚSICA

A voz de um jovem violão




MARCO LEONEL Fukuda: composições próprias, do erudito ao popular, na estreia em disco e nos concertos no foyer do TJA
13/6/2010


Com não mais que 20 anos, Marco Leonel Fukuda vem despertando aplausos com seu violão. O músico está lançando seu primeiro CD, "Nascente", e se apresenta hoje no TJA

A nascente musical cearense segue revelando novos - e promissores - nomes. Enquanto nosso Estado ainda se ressente de mais opções de formação musical e de políticas públicas que apontem de modo perene para esse objetivo, novas gerações de instrumentistas, intérpretes e compositores mostram a cara. No compasso do possível, tanto no aprendizado quanto na busca de um maior contato com o público, jovens artistas vêm procurando seu espaço. E, dando de ombros para o velho discurso das dificuldades, registrando sua obra.

É o caso de Marco Leonel Fukuda, violonista que está lançando seu CD de estreia, "Nascente". Nascido no Japão, de pai japonês e mãe mineira, Marco veio muito jovem para o Brasil, tendo crescido na capital federal. Em 2006, aportou em Fortaleza, já trazendo a tiracolo cinco anos de estudo de música, e se maravilhou com as múltiplas referências musicais da cidade, embebidas das cores da cultura nordestina, mas envernizadas por diálogos universais. Não tardou a fazer amizade com colegas de música, como o novo "pessoal" que mais recentemente vem tocando o Bora! - Movimento Ceará Criativo, ao qual integrou seu violão.

"Aprendi tocando tanto popular quanto erudito. João Pernambuco, Dilermando Reis foram grandes influências", aponta o jovem instrumentista, que frequentou espaços como o Clube do Choro, de Brasília, e pode ser visto na Internet relendo clássicos como "Sons de carrilhões". Mas mostra um leque musical que vai bem além da seara chorona, reunindo no disco, integralmente formado por composições do próprio violonista, temas de forma e inspiração mais erudita, como nas faixas em violão solo que abrem o trabalho: "Aurora", "Equinócio", "Nascente" e "Poente", na sequência com "Serenata em noite clara", destacando mais as harmonias que as melodias.

O disco, porém, logo toma o rumo do popular, presente nas criações de Marco sobre referências rítmicas de gêneros como o choro, o baião e o frevo. Os tempos ternários também estão presentes, em "Valsa de retalhos" e "Rapaz, pede valsa" - de título espirituoso, como "Baião manso" e "Picolé de tapioca". "É uma imagem bem cearense, de uma iguaria da culinária daqui. Gosto de títulos assim, que não apenas numerem as músicas, mas tenham uma relação com uma poética, despertem o interesse do ouvinte", comenta.

Reunindo músicos como temas compostos entre 2008 e 2009, o disco registra o desenvolvimento do instrumentista em sua vivência em Fortaleza - marcada por várias apresentações no Theatro José de Alencar, que ganhou um presente de Marco. "Compus a música ´Jornada´ especialmente em homenagem ao TJA. É uma quadrilha, e o teatro faz aniversário em junho. Ela mostra minha relação de gratidão, de afeto com o TJA, que foi muito importante pra minha formação como artista, mas também como plateia", destaca, dizendo-se a favor da humildade como alicerce para o artista.

"É que nem motorista e pedestre: é só uma questão de posição", compara. "Muitas vezes, no seu egocentrismo, artistas esquecem que também são público. E música é comunicação. Penso muito, quando estou tocando e também pela profissão que escolhi, em como a democratização da cultura é importante", reflete o ex-estudante de Direito, hoje aluno de Jornalismo. Que já teve na plateia de um de seus concertos o veterano violonista Nonato Luiz, de quem ganhou uma bênção em forma de texto para o CD.

"Eu toquei uma música dele, ´Um dia, um sonho´. Foi muito especial tocar na presença do compositor", recorda o violonista, que também já cantou, no Coral da UFC, mas é convicto na opção pelo instrumento. "O coral foi uma experiência boa, mas não gosto da minha voz. Prefiro a voz do meu violão". Soando com entusiasmo e talento.

CD

Nascente
Marco Leonel Fukuda

2010
Radiadora Cultural
15 faixas
R$ 10,00

O disco tem concertos de lançamento hoje e no dia 27 deste mês, sempre às 16h, no foyer do Theatro José de Alencar. O trabalho do violonista também pode ser ouvido no MySpace.


DALWTON MOURA
REPÓRTER

fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=799449

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sábado, 12 de junho de 2010, 2ª sessão de lançamento do CD "Nascente"

No próximo sábado, 12 de junho de 2010, dia dos Namorados, acontecerá no Passeio Público uma apresentação de Marco Leonel Fukuda lançando o seu disco "Nascente" no projeto Sol Maior - Grandes Solistas Cearenses. Será a segunda sessão de lançamento do disco, após a primeira realizada no domingo passado, 6 de junho, no foyer do Theatro José de Alencar. Em pleno horário de almoço, será servida uma deliciosa feijoada a R$10 por pessoa. Quem for prestigiar essa programação, sentará à sombra refrescante das árvores do Passeio Público e aproveitará o som de artistas locais, convidados pela Prefeitura Municipal de Fortaleza.


Repertório 12/06/2010

Projeto Sol Maior – Grandes Solistas Cearenses

Marco Leonel Fukuda lança CD "Nascente"

SECULTFOR – Passeio Público – 12h


Marco Leonel Fukuda – violonista, compositor e arranjador

Músicos convidados: George Anderson – violão 7 cordas; Jamerson Farias – cavaquinho e percussão; Lise Lopes – cavaquinho e percussão

1.Baião Barroco – Juarez Moreira
2.Eu sei que vou te amar – Tom Jobim e Vinícius de Moraes
3.Carinhoso – Pixinguinha
4.Falando de Amor – Tom Jobim
5.Trem das Onze – Adoniran Barbosa
6.Santa Morena – Jacob do Bandolim
7.Baião da Folia de Reis – Marco Leonel Fukuda
8.Namoro na Praça – Marco Leonel Fukuda
9.Férias na casa da vó – Marco Leonel Fukuda
10.Praia do Sossego – Marco Leonel Fukuda
11.Comida de casa – Marco Leonel Fukuda

Repertório CD “Nascente” (de 12 a 16 nesta lista)

12.Almoço de domingo – Marco Leonel Fukuda
13.Nininha – Marco Leonel Fukuda
14.Baião Manso – Marco Leonel Fukuda
15.Frevo Fervente – Marco Leonel Fukuda
16.Picolé de tapioca – Marco Leonel Fukuda

17.Calu – Humberto Teixeira
18.Ciranda de ternura – Marco Leonel Fukuda
19.Baião Cigano – Nonato Luiz
20.Feira de Mangaio – Sivuca e Glória Gadelha

domingo, 6 de junho de 2010

Artes Cênicas - Um Sertão Encantado - por Thamires Rodrigues de Oliveira


O blog Cultura Ciliar agora publica uma bela matéria de apreciação de arte escrita por Thamires Rodrigues de Oliveira, aluna do 1° semestre de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará.


"A imagem de um sertão com ar mitológico é evocada por batuques, cantigas de roda e outras sonorizações - como chuva e grilos que quebram o silêncio noturno - feitas ao vivo pelos atores dos grupos Expressões Humanas e Teatro Vitrine. Assim é Encantrago – Ver de Rosa um Ser Tão, espetáculo dirigido por Herê Aquino, livremente inspirado na obra de Guimarães Rosa e nas manifestações culturais brasileiras. A rapadura e a cachaça tão conhecidos do paladar sertanejo, o pau-de-fita, a escuridão, que só não é total em alguns momentos da peça pela existência de pequenos pontos de fogo vindos de lamparinas flamejantes, e um xote dançado pelos atores e pelo próprio público são elementos que resgatam a cultura popular e encantam os espectadores. A fusão desses grupos na realização de um espetáculo que clama pela interação do público deixa transparecer a intenção de fugir dos estereótipos comumente relacionados ao tema nordestino, tais como seca e miséria. A fantasia e o imaginário do sertanejo trazidos à tona através de cantigas populares, de procissões e até mesmo do leilão de uma moça fazem parte do resgate dos rituais humanos.


“O que a vida quer da gente é coragem”, escreveu Guimarães. Assim, os dramas do sertão ganham uma projeção que transcende o meramente geográfico e atinge o patamar universal, tratando de temas como a morte, as transformações de caráter e a luta pela sobrevivência.



Os confins de uma noite no sertão são trazidos à tona em um cenário instigante, que convida o espectador a vivenciar o clima mitológico da escuridão e do fogo



A peça integra o Festival Palco Giratório, uma rede de intercâmbio e difusão das artes cênicas. O projeto foi criado pelo Departamento Nacional do SESC, desde 1998, com o objetivo de difundir e descentralizar as artes cênicas no Brasil. A intenção do festival é não apenas gerar esse intercâmbio cultural nas grandes cidades, mas proporcionar que os pequenos teatros também tenham acesso às dramatizações. Em vista disso, muitas adaptações precisam ser feitas pelos grupos ao longo das viagens. As apresentações em teatros menores exigem mudanças na disposição dos objetos cênicos no palco, além da alteração das técnicas de luzes e sonoplastia. Em se tratando de um espetáculo que envolve o público, também é necessário o aproveitamento do espaço disponível, o que demanda um replanejamento espacial que objetiva otimizar a interação com a plateia no palco.



Uma cena ímpar no espetáculo ocorre quando os atores chamam o público para fazer uma roda, sentar no chão e ouvir uma história. No caso de Encantrago, os atores estão desenvolvendo um diário de bordo no blog do grupo, onde cada um narra as apresentações nos diferentes lugares do Brasil sob seu próprio ponto de vista, trazendo às pessoas uma noção única da experiência vivida individual e coletivamente nessa jornada artística. De certa forma, há uma reverberação dessa cena utilizando outros espaços, outras mídias, muito além do palco. Sentamos todos a bordo de nossos computadores e ouvimos de cada ator as primeiras impressões sentidas sobre uma nova cidade, os problemas enfrentados pelo grupo na adaptação do espetáculo aos diferentes palcos, a sensação de ver a cultura cearense sendo reconhecida em outros estados, as saudades dos amigos e familiares, as diferentes reações do público em cada cena, as comemorações feitas com artistas de outros grupos após as apresentações, etc. De fotos e palavras vai-se construindo um mapa de histórias entrelaçadas sobre uma longa e produtiva viagem que tem como objetivo nada além de fazer e compartilhar arte por todos os lugares possíveis. A troca de experiência entre os próprios integrantes do grupo, entre público e plateia e entre atores de diferentes grupos e propostas artísticas faz do Palco Giratório um evento que carrega consigo a bandeira da difusão cultural que se reflete em quem participa do evento e em quem tem o prazer de assistir às apresentações.


A contraposição entre luzes e escuridão, entre divindades mitológicas que representam a discórdia e a benevolência, entre situações de dor pelas dificuldades, de religiosidade como alternativa de superação dos problemas, de regozijo pelas brincadeiras infantis, de encantamento ao ouvir o barulho da chuva caindo... Toda essa temática abordada no espetáculo nos mostra que o sertão vive dentro de cada um de nós, mesmo que estejamos presos nas jaulas de concreto das metrópoles.

Texto e Imagens por Thamires Rodrigues de Oliveira

Para mais informações, acesse: www.grupoexpressoeshumanas.blogspot.com"

O blog Cultura Ciliar pediu devida autorização à autora para publicar este texto na íntegra.